segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

APRENDENDO COM JESUS A FAZER DISCÍPULOS.

“Depois, subiu ao monte e chamou os que Ele mesmo quis, e vieram para junto dele. – Então, designou doze para estarem com Ele e para enviar a pregar e a exercer a autoridade de expelir demônios.” (Mc 3: 13-15 – ARA)
           
Para falar de discipulado, primeiro devemos aprender com o próprio Senhor Jesus, que começou a fazer discípulos e nos ordenou que fizéssemos o mesmo.
Como nós vemos Jesus? Muitas vezes só enxergamos Jesus como aquele que falou a Palavra de Deus, realizou curas, expulsou demônios, ressuscitou mortos e fez muitos milagres. Mas será que já paramos para olhar Jesus como um grande estrategista? Já olhamos para Jesus como aquele que tinha um alvo certo e um plano estratégico para atingi-lo?
Jesus, concentrar o seu trabalho em doze homens, nos revela um plano estratégico. Ele tinha muitos seguidores, mas como poderia cuidar de todo aquele povo, que eram como ovelhas sem pastor, e, ao mesmo tempo, dar continuidade à obra que veio realizar da parte do Pai? Ele tinha compaixão pelo povo sem quem os liderasse. O que Ele poderia fazer diante de tão grande necessidade? Se não podia tomar conta de todas as pessoas, teria então, que ter homens que cuidassem delas. Por isso, seu ministério desenvolveu-se mais no cuidado pessoal de alguns homens, para que estes uma vez cuidados pessoalmente e preparados para a Sua obra, dessem continuidade ao que Ele veio fazer. Assim, nasceu o discipulado de Jesus com os seus doze discípulos.
O principio do discipulado empregado por Jesus com os doze já existia. As palavras discípulos e fazer discípulos têm sua idéia original, como raiz do grego indica, na pratica da antiguidade dos povos do oriente, de um aprendiz seguir seu mestre e seu ensino. Na Palavra de Deus encontramos varias referencias deste relacionamento: os discípulos de Moises (Jô 9:28); os discípulos dos profetas (2Rs 4: 1, 38); os discípulos dos levitas-musicos (1Cr 25: 8); os discípulos de João Batista (MT 9: 14); os discípulos dos Fariseus (Lc 5: 33); os discípulos de Jesus, como uma primeira referencia dentre muitas outras (MT 5: 1);os discípulos de Paulo (At 9: 25).
Quando lemos o plano de Jesus em Mc 3: 13-15, entendemos que ele chama os doze para estarem com Ele, e ao mesmo tempo, os envia a pregar, etc. mas em 6: 7 diz que eles só são enviados mais tarde. Como entender então? É que em 3: 13-15, o plano é dado num sentido geral, mas depois ele é especificado. No plano estratégico de Jesus há duas preposições “para”, que especificam duas etapas:
Primeira etapa: “Para estarem com Ele”, que compreende do cap. 3: 14 a 6: 7;
Segunda etapa: “Para enviá-los”, a partir do cap. 6: 7.
Primeira etapa: o plano estratégico de Jesus era de os discípulos simplesmente “estarem com Ele”. Era o começo do discipulado de Jesus. O discipulado para Jesus era isto: os discípulos estarem junto com Ele. Era um relacionamento intenso e intimo. Esta foi a maneira mais eficiente que Jesus encontrou para servir e ensinar os seus discípulos. Eles aprendiam vendo Jesus fazer (At 1:1). Tudo o que Ele queria que os discípulos fizessem, antes, Ele dava exemplo. O exemplo é o melhor ensino. Por isso, para Jesus, o discipulado não era mais um método, um programa, um grupo de estudos, uma reunião ou uma entrevista. Não, discipulado para Jesus era Ele mesmo se dando para os discípulos. E nesta primeira etapa os discípulos aprendiam de Jesus para mais tarde praticarem o que receberam. Neste tempo, Jesus estava formando suas vidas e equipando-os para a obra.
Segunda etapa: Depois de os discípulos aprenderem de Jesus, e ainda continuarem aprendendo dEle, ele, agora, são enviados. A partir do cap. 6: 7, eles começaram a fazer o que aprenderam com Jesus. Eles pregam o evangelho do reino, expulsam demônios, curam enfermos (6: 7-30). Mas Jesus não os envia sozinhos. Jesus os tinha enviado de dois a dois (6: 7). Eles estavam vinculados com Jesus, e vinculados entre eles. O vinculo com Jesus é o discipulado, e o vinculo entre eles é o companheirismo. E quando eles voltaram das caminhadas evangelísticas, “lhe relatavam tudo o que tinham feito e ensinado” (6: 30). Ele começou a sua obra com os doze, atingindo primeiro, as ovelhas perdidas de Israel, depois as ovelhas perdidas do mundo.
Minha oração é para que continuemos esta caminhada de discipulado, fazendo discípulos para alcançar todas as ovelhas perdidas do mundo, enquanto aguardamos ansiosos pela vinda do Bom Pastor Jesus, o Salvador. Amém. 
            Emir Dias de Vargas